Arte sobre foto de ¥ nyssa ¥, propriedade exclusiva de Åmo e Senhor

março 29, 2011

Imagens para maiores 18!:

Adorei essa imagem



E recomendo que visitem esse blog da diva elfa :)

Imagens para maiores 18!:

março 20, 2011

É fácil

Quando o tesão é despertado e alimentado,
Quando o desejo de fundir os corpos torna-se
 sofreguidão esfregada, produzindo faíscas até o fogo
tomar completamente os dois...













março 19, 2011

Livros


Ler ainda é a via régia do conhecimento, não basta ser alfabetizado, é preciso entender e interpretar.
Fiquei admirada quando vi a enorme quantidade de pessoas lendo em metrôs, cafés, praças e livrarias, quando sai do Brasil.
Não leio tanto quanto gostaria, leio muitos livros relacionados à minha profissão.
No último dia 8 de março, "dia da mulher", indiquei um livro aqui.

Recebi da Isis do Senhor Jun Zurik um selo e tenho tarefas, essas sim bem proveitosas pelo que vi por outros blogs ;)

1-Um livro que eu leria muitas e muitas vezes sem cansar: O eu profundo e os outros eus (Fernado Pessoa).

2-Se eu pudesse escolher apenas um livro para ler o resto da vida, eu escolheria um livro de sabedoria, provavelmente da Filosofia Zen.

3-O livro que eu indico para as pessoas lerem, tendo ou não filhos, é "Uma vida para seu filho", do Bruno Bettelheim.

4-Quase todo mundo já recebeu o selo, como é algo de utilidade pública, fiquem a vontade para sugerir leituras em nome do selo ;)

5-O blog que me indicou é o da Isis do Senhor Jun Zurik, O Infinito Particular de IsisdoJun:  http://www.tattourouge1.com/


O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004 (com um acervo inicial de 500 obras), propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral.

Link : http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp

março 17, 2011

Tênis x Frescobol ( Rubem Alves)







"Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.


Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: ‘Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: ‘Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?\' Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.’

Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme O império dos sentidos. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ‘Eu te amo, eu te amo...’ Barthes advertia: ‘Passada a primeira confissão, ‘eu te amo\' não quer dizer mais nada.’ É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: ‘Erótica é a alma.’

O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.

O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas; e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...

A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá...

Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Camus anotava no seu diário pequenos fragmentos para os livros que pretendia escrever. Um deles, que se encontra nos Primeiros cadernos, é sobre este jogo de tênis:

‘Cena: o marido, a mulher, a galeria. O primeiro tem valor e gosta de brilhar. A segunda guarda silêncio, mas, com pequenas frases secas, destrói todos os propósitos do caro esposo. Desta forma marca constantemente a sua superioridade. O outro domina-se, mas sofre uma humilhação e é assim que nasce o ódio. Exemplo: com um sorriso: ‘Não se faça mais estúpido do que é, meu amigo\'. A galeria torce e sorri pouco à vontade. Ele cora, aproxima-se dela, beija-lhe a mão suspirando: ‘Tens razão, minha querida\'. A situação está salva e o ódio vai aumentando.’

Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.

Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim..."

Gosto muito dessa analogia e acho que serve para todas as outras relações, não só o casamento/namoro.

março 13, 2011

Amigas são irmãs que escolhemos



"Precisamos de mulheres a nossa volta. Amigas, filhas, avós, netas, irmãs, cunhadas, tias, primas. Somos mais chatas do que os homens, porém, entre uma chatice e outra, somos extremamente solidárias e companheiras de farras e roubadas. Esquecemos com facilidade as alfinetadas da vida e temos sempre uma boa dica para passar adiante, seja a de um filme imperdível, de uma loja barateira ou de uma receita para esquecer da dieta. Competitivas? Talvez, mas isso não corrompe em nada a nossa predisposição para o afeto, a nossa compreensão dos medos que são comuns a todas, a longevidade dos nossos pactos, o nosso abraço na hora da dor, a nossa delicadeza em momentos difíceis, a nossa humildade para reconhecer quando erramos e a nossa natureza de leoas, capazes de defender não só nossos filhotes, mas os filhotes de todo o bando.


Aprendemos a compartilhar nossas virtudes e pecados e temos uma capacidade infinita para o perdão. Somos meigas e enérgicas ao mesmo tempo, o que perturba e fascina os que nos rodeiam. Brigamos muito, é verdade: temos unhas compridas não por acaso. Em compensação, nascemos com o dom de detectar o sagrado das pequenas coisas, e é por isso que uma amizade iniciada na escola pode completar bodas de ouro e uma empatia inesperada pode estimular confidências nunca feitas. Amamos os homens, mas casadas, mesmo, somos umas com as outras. "

Martha Medeiros

março 10, 2011

15 imagens

"Ser submissa" tem várias definições possíveis. 
Mas "fazer o que Ele quiser", "entregar-se" e "agradá-lo", parecem ser princípios básicos.
Que fique claro que isso só se dá a quem sabe conquistar esse lugar de Senhor/Dono do universo que é uma mulher.

***


Dizem que uma imagem fala mais que mil palavras.
Acho que a palavra é insubstituível, mas há coisas que não cabem nas palavras, ou que não precisam ser pronunciadas para além da intimidade.
Hoje nem mil imagens diriam uma palavra que procurei e não encontrei, só senti...
Então escolhi apenas essas quinze.


¥ nyssa ¥...ÅS






















março 09, 2011

Cinzas

Cinzas do que queimou, e se ardeu, valeu.
Cinzas de onde se renasce, novo começo, outro fim.
Cinzas mesclas do branco ao negro, degradée ou contraste.
Cinzas realimentando sua própria origem...






março 07, 2011

Amor Paixão Feminina (pelo dia 08 de março)



Trechos do comentário de Heloisa Caldas sobre o livro escrito por Malvine Zalcberg, Amor Paixão Feminina (Editora Campus, 2008).

Eu recomendo ;)

"...para a psicanálise, as definições de homem e mulher são muito mais complexas do que a anatomia, tendo suas formulações teóricas variado, ao longo dos anos, deixando pontos em aberto.

...o amor é uma tentativa de construir, através da fala, uma solução aos impasses do ser. Dessa forma, o amor está submetido aos problemas do ser e ter, embora fadado a não resolvê-los por completo. No entanto, é pela via do amor, por meio das fórmulas inventadas por cada um que se pode tratar a vida, conviver com a alteridade, suportar a diferença. E tudo isso porque se é só. Assim, se o amor é esse véu que esconde o desamparo radical de todo humano e ajuda a fazer parceria, não é à toa que esse amor possa ser objeto de uma paixão. E se esse desamparo é a raiz do feminino, então a paixão pelo amor está enraizada no feminino dos sujeitos, sendo as mulheres as que mais se deixam arrebatar por ela. As mulheres são apaixonadas pelo amor.

...O feminino apela ao amor. E, nas mulheres, o feminino é esse querer... sempre mais... sem limites. Uma demanda por algo valioso, justamente devido a seu aspecto de imprevisibilidade, à alegria infantil do novo, à renovação que torna as coisas cheias de vida, ao que transborda os limites conhecidos e traz esperança de felicidade. Dessa forma, ainda que interessadas pelo gozo sexual, o feminino nas mulheres faz com que elas sejam mais amigas do amor que do sexo. Porque o sexo tem começo, meio e fim. Já o amor não tem medida. "

O comentário na íntegra:




março 06, 2011

A carne, onde a carne sobressai...











Lizzi Miller

 
"Definição"

O corpo é onde
é carne:
o corpo é onde
há carne
e o sangue
é alarme.

O corpo é onde
é chama:
o corpo é onde
há chama
e a brasa
inflama.

O corpo é onde
é luta:
o corpo é onde
há luta
e o sangue
exulta.

O corpo é onde
é cal:
o corpo é onde
há cal
e a dor
é sal.

O corpo
é onde
e a vida
é quando.

Publicado no livro Canto e palavra (1965).
Affonso Romano de Sant'Anna
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