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setembro 12, 2011

Tortura (Soneto - Chico Buarque)

Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono


Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo


Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar, com que navio
E me deixaste só, com que saída

 

Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio

Chico Buarque



3 comentários:

  1. Que linda a analogia, nyssa! Muito bem pensado colocar Chico (olha a intimidade) com essas imagens e revelando um outro olhar para esse poema... demais.
    nyssa, agradeço em meu nome e em nome do meu Dono sua carinhosa participação em um dia muito especial para mim.
    Entendo cada palavra que vc disse, eu tb sinto-me assim em relação a vc e algumas outras, é um sopro de esperança e a sensação que pode dar certo sim.
    Feliz demais, obrigada por me dar a alegria de participar e toda felicidade para vc e seu Dono também.
    Linda semana para vc.
    Beijo.

    {Λїtą}_ŞT

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  2. Nyssa,

    É sempre certo vir aqui e encontrar palavras muito bem escolhidas e imagens que falam por si...

    Te desejo uma ótima semana,

    bjuuusss

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  3. Nyssa querida,

    quando abrem nossos segredos mais íntimos, perdemos o rumo e o eixo de nossas vidas.

    Entregamo-nos de corpo e alma.

    "Nossa entrega é visceral", como costumo dizer ao meu dono.

    E são poucos os capazes que conseguem abrir segredos tão íntimos.

    Teu DONO com certeza é em deles.

    Beijos carinhosos,

    ÍsisdoJUN

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